quarta-feira, 17 de julho de 2013

Olimpia repete 2002 e encara na decisão rival sem tradição na Libertadores

O Decano paraguaio chega a sua sétima final de Libertadores contra um rival com pouca tradição em competições internacionais, assim como da última vez que o Olimpia disputou (e ganhou) a decisão do torneio continental. O título de 2002, obtido no Pacaembu, nos pênaltis, foi em cima de uma equipe virgem em decisões Libertadores, mas que que era favorita, depois de vencer a primeira partida, em Assunção.

Claro, não dá para comparar a  história do São Caetano com a do  Atlético-MG, mas os paulistas eram favoritos há 11 anos e perderam o título de forma surpreendente, até porque saíram na frente no segundo jogo, levaram a virada e se apequenaram nas penalidades diante do gigante paraguaio.

A campanha do Olimpia nessa Libertadores é surpreendente, levando-se em conta o desempenho da seleção paraguaia nas Eliminatórias (ocupa a lanterna com oito pontos e tem pouquíssimas chances de disputar o Mundial-14) e do Cerro Porteño, seu rival nesta edição da Libertadores (apenas ponto em seis jogos, nenhuma vitória e a demissão do uruguaio Jorge Fossatti na segunda rodada do torneio).

Se olhar o futebol nacional, será perceptível o surgimento de outras forças, como o Nacional, que conquistou duas taças nacionais e principalmente o Libertad, terceira força que surgiu no país. O time tem oito troféus paraguaios desde 2002 - o Cerro Porteño tem quatro, o Guaraní e o Decano um. Coincidência ou não, após o último troféu da Libertadores, o Olimpia esteve ausente da competição (disputou em 2003, 2004 e 2012), abrindo espaço para novos adversários menores, como o Tacuary e o próprio Guaraní.

E mesmo após esta retomada olimpiana, a crise parece rondar o clube, que vive às voltas com problemas financeiros que deixam o clima tenso entre os jogadores e a diretoria. Em janeiro, o presidente renunciou e o Olimpia quase não entrou em campo na primeira fase da competição por conta de salários atrasados e premiações que continuam pendentes. 

Ainda assim, o time terminou a fase de grupos como líder do Grupo 7, com 13 pontos, quatro a mais que o Newell's Old Boys, segundo classificado que acabou eliminado pelo time mineiro na outra semifinal. Universidade de Chile e Deportivo Lara ficaram pelo caminho. Nas oitavas, os paraguaios suaram a camisa para eliminar o Tigre, da Argentina. 

Nas quartas, empataram sem gols com o Fluinense, no Rio, o que abriu caminho para superar o clube brasileiro em casa. Já na semi, uma vitória confortável por 2 a 0, em Assunção, trouxe tranquilidade em Bogotá e, mesmo com a derrota para o Santa Fé pelo placar mínimo, a sétima final estava garantida. Um feito e tanto para o velho Decano.

Finais do Olimpia na Libertadores

Títulos
2002 - São Caetano
1990 - Barcelona (Equador)
1979 - Boca Juniors

Vices
1991 - Colo-Colo
1989 - Nacional (Colômbia)
1960 - Peñarol

Nenhum comentário:

Postar um comentário